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KPC - A Nova Bactéria Multiresistente

Bactéria KPC - Klebsiella pneumoniae Carbapenemase

Olá, gostaria de dedicar as próximas linhas para falar de uma nova Bacteria que Surgiu devido a uma mutação genética hospitalas e que merece toda nossa atenção, estou falando da KPC, uma bactéria muito resistente e que vem causando mortes em todo pais.

O que é bactéria KPC?
A bactéria KPC (Klebsiella pneumoniae Carbapenemase) é um microorganismo que foi modificado geneticamente no ambiente hospitalar e que é resistente aos antibióticos. Os primeiros casos do microorganismo foram detectados em pacientes internados em UTI, nos Estados Unidos. No Brasil, já foram identificados 135 casos suspeitos e confirmados em hospitais do Distrito Federal, até a data presente.
A bactéria KPC, a“superbactéria”, foi identificada pela primeira vez nos Estados Unidos no ano 2000, depois de ter sofrido uma mutação genética, gerando uma resistência a vários antibióticos (carbapenêmicos, especialmente) e a grande capacidade de tornar resistentes outras bactérias.
A bactéria KPC pode ser encontrada na água, em fezes, no solo, em vegetais, cereais e frutas. O contágio ocorre em ambiente hospitalar, pelo contato com secreções do paciente infectado, desde que não sejam respeitadas normas básicas de desinfecção e higiene. A KPC pode causar pneumonia, infecções sanguíneas, no trato urinário, em feridas cirúrgicas, enfermidades que podem evoluir para um quadro de infecção generalizada, muitas vezes, mortal. Crianças, idosos, pessoas debilitadas, com doenças crônicas e imunidade baixa ou submetidas a longos períodos de internação hospitalar (dentro ou fora da UTI) correm risco maior de contrair esse tipo de infecção. A resistência aos antibióticos não é um fenômeno novo nem específico da espécie Klebsiella. Porém, esses germes multirresistentes não conseguem propagar-se fora do ambiente hospitalar. Informações obtidas através do website do Dr. Drauzio Varella

Diagnóstico da Bactéria KPC

Para confirmar a infecção através da superbactéria KPC, o diagnóstico se dá por meio de um exame de laboratório que identifica a presença da bactéria em material colhido do sistema digestivo. Infelizmente, nem todos os hospitais estão aparelhados o bastante para realizar esse exame.

Prevenção
Lavar bem as mãos, segundo a secretaria de saúde do DF, deve ser a principal forma de prevenção. Uma higienização completa das mãos, inclusive entre os dedos, e também o uso do álcool para desinfecção, também é altamente recomendado. A Secretaria de Saúde ainda alerta para o uso indiscriminado de antibióticos, que pode fazer efeito contrário e desenvolver resistência orgânica aos medicamentos.
Outras formas de prevenção contra a propagação das bactérias incluem o uso sistemático de aventais de mangas compridas, luvas e máscaras descartáveis, sempre que houver contato direto com os pacientes, a desinfecção rotineira dos equipamentos hospitalares e a esterilização dos instrumentos médico-cirúrgicos.

Veja dicas de lavagem das mãos na figura abaixo:

 

Sintomas

Os sintomas são os mesmos de qualquer outra infecção: febre, prostração, dores no corpo, especialmente na bexiga, quando a infecção atinge o trato urinário, e tosse nos episódios de pneumonia.
No geral, os sintomas da bactéria KPC são como o de outras infecções, tais como febre, dores na bexiga (infecção urinária), tosse (infecção respiratória). A população não deve se preocupar, uma vez que a infecção por enquanto corre apenas dentro dos hospitais, e acontece basicamente por contato com secreção ou excreção de pacientes infectados.

Tratamento

Ainda não há informações oficiais específicas sobre o tratamento contra  a infecção através da superbactéria KPC, até porque a infecção ocorre exclusivamente em ambientes hospitalares e a bactéria é resistente aos antibióticos. Colocaremos aqui informações sobre o tratamento assim que os meios oficiais divulgarem informações a respeito.

Governo anuncia estratégias para conter a bactéria KPC
No Hospital Regional de Santa Maria, foram registrados 58 pacientes com a colônia da bactéria ou que já desenvolveram a infecção, e morreram quatro pessoas. O Hospital de Base de Brasília (HBDF) é o segundo em número de casos. Também foram registradas quatro mortes. No HBDF, 16 pessoas internadas estão separadas e sendo tratadas por uma equipe exclusiva. Um paciente, com traumatismo craniano, está em estado grave. Outros 46 pacientes fizeram exames e estão sob investigação.
Os casos no Hospital de Base foram registrados na UTI e na neurocirurgia, que não está recebendo pacientes novos. Eles estão sendo encaminhados para o pronto-socorro e, nesta sexta-feira, dia 8, uma parte deve ser transferida para o Hospital Regional do Paranoá. Ontem (07), os pacientes da cirurgia pediátrica, que funciona no mesmo andar da neurocirurgia, foram removidos para o 4º andar.
Segundo a Secretaria de Saúde, a KPC é uma bactéria altamente resistente. Ela também é capaz de tornar mais resistentes outras bactérias presentes no ambiente hospitalar. A Secretaria informou ainda que não é o caso de fechar áreas nem isolar pacientes. A estratégia para conter a superbactéria é reforçar as medidas de higiene. Um grupo de trabalho foi criado e está visitando cada hospital para orientar os Núcleos de Controle de Infecção Hospitalar.
A secretária de Saúde, Fabíola Aguiar Nunes, garantiu que os hospitais públicos estão abastecidos com material, como luvas e avental, para prevenir o contágio. Os cuidados valem para funcionários e visitantes. “A bactéria é um ser microscópico, ela não sai do lugar sozinha. É preciso um veículo. E o veículo mais importes para a transmissão da infecção hospitalar é a mão. Por isso, tem que redobrar os cuidados em relação à higienização, principalmente, das mãos. Sempre que tiver suja deve ser lavadas.”, enfatiza.
O álcool gel também é eficiente e necessário na limpeza das mãos.
Outros casos:
De acordo com a Secretaria de Saúde, de janeiro a outubro deste ano, outros oito hospitais registraram casos confirmados ou suspeitos.
Na Rede Pública o Hospital Regional do Paranoá teve um paciente com infecção; o Hospital Regional de Taguatinga cinco casos, três deles fatais; o Hospital Regional do Gama seis pacientes, dos quais um morreu e o HUB além de três mortes registradas, quatro casos confirmados e três suspeitos.
Na rede particular, o Hospital Alvorada teve dois pacientes com colônia da bactéria; no Hospital JK nove pacientes apresentaram a bactéria, dos quais um morreu; no Hospital São Lucas três casos prováveis, um deles com morte e no Hospital de Clínicas de Brasília, quatro casos.

Fontes: DFTV – Rede Globo
             http://www.bacteriakpc.com.br
            http://marista.edu.br/2010/10/08/governo-anuncia-estrategias-para-conter-a-bacteria-kpc/     


Vamos ficar alerta com esta nova ameaça

Thiago Rodrigo Alavarce